Tapete de algodão
A caminhada até a escola era alegre, os colegas seguiam junto, celebrando a força da amizade. Desconhecidos do primeiro verão, em pleno outono, nutriam a simplicidade do encontro fraternal. Paineiras enormes rompiam céu azulado. De suas róseas flores, a paina frutificara. Marcaram o passo das felizes conversas. Histórias das proezas das atletas de seu esporte favorito eram pontuadas com observações apaixonadas sobre as garotas, belas jovens do colégio. Tímidos, as paqueravam, sem coragem de declarar o sentimento puro que nutriam. As painas caídas formavam um delicado tapete, tufos de algodão escondendo o verde da grama onde deitavam. As árvores, despidas de folhas, geravam a clorofila do seu tronco desnudo, permanecendo saudáveis. Chovendo o branco incessantemente. Os amigos observavam essa cena com a felicidade típica das jovens e despreocupadas almas. O esplêndido espetáculo da natureza era um reflexo do coração dos estudantes. Sereno como os alvos frutos, e forte como a madeira que ...